segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ferramentas de trabalho

De forma breve será abordado algumas ferramentas de trabalho e seus significados dentro da perspectiva esotérica. A maioria pode ser relacionado a maçonaria mas não exclusivamente.

Régua de 24"

 
Um primeiro ponto a se observar é que sem a sua aplicação não é possível dar continuidade aos trabalhos com outros instrumentos, sendo sua função a de preparar com precisão.
 
Seu tamanho elucida as 24 horas do dia, induzindo assim a empregá-las com critério, tanto nos momentos de trabalho, de estudos, de lazer e de descanso. Simbolizando então a medição do tempo.
 
Buscando o entendimento na sua origem, da palavra francesa règle, significando originalmente lei ou regra, compreendendo a idéia de planejar e estabelecer regras.

Modelo de régua de 24"


Maço

 
Este é um instrumento de forca, espécie de martelo, de maiores proporções, servindo para construir ou para destruir.

No campo filosófico podemos citar a auto aprendizagem, aparando as imperfeições, edificando virtudes e destruindo vícios. Reconhecer os próprios erros já é uma prática de lapidação.
 
Modelo de maço


Cinzel

 
Seu formato nos remete ao objetivo final da ferramenta, abrir espaço na matéria. Pode-se dizer que representa o intelecto, onde deve-se obter espaço, abrir a mente a fim de educa-la e a polir.

Cinzel aparando arestas


Compasso

 
Filosoficamente, o homem constrói a si próprio, e torna-se indispensável saber usar cada um dos principais instrumentos da construção.
 
Neste caso inicia-se a zero grau até 360 graus, completando um ciclo de onde começou, significando buscar se reconhecer em todos os aspectos, observando todos os lados e não julgando sob uma ótica apenas.

Representação filosófica do compasso


Alavanca

 
Esta ferramenta representa simbolicamente a força, mas que se assenta sobre um ponto de apoio, onde dessa forma torna-se possível erguer um peso maior. 

Neste caso deve-se valorizar os pontos de apoios que possuimos na sociedade, desde pessoas até nossos próprios feitos. Parafraseando Arquimedes: "Dai-me um ponto de apoio que erguerei o mundo".
 
Utilização do princípio de alavanca

Modelo de alavanca
 
 
Nota: As três ferramentas seguintes representam as jóias móveis.
 

Esquadro

 
A forma desta ferramenta representa um ângulo reto, o que nos remete a retidão, tudo está na dependência da retidão, tanto na horizontalidade como na verticalidade.

Esse instrumento é imprescindível na construção, caso não seja usado a obra será imperfeita, sem equilíbrio e sujeita a ruir.
 
Antigo esquadro de metal




Aplicação da medição com esquadro

Prumo

 
Seu significado no dicionário é a prudência, cautela. Estar a prumo significa estar de forma correta e precisa em qualquer posição na vida.

Nível

 
O nível também nos remete ao controle e o equilíbrio. Quanto a ferramenta, sem ela não é possível criar estabilidade ou a medida justa.
 
O prumo e o nível




ASS.: O Eterno Aprendiz

sábado, 17 de novembro de 2012

A egrégora e um dia fixo para a prática

Neste post a idéia é abordar a egrégora sob o ponto de vista das principais escolas místicas e esotéricas.

Concepção generalista


Do grego egrêgorein, significando vigiar ou velar. É denominado como entidade criada a apartir do coletivo pertencente a uma assembléia, ou seja, um campo de energia criado em outro plano a partir da energia emitida por um grupo de pessoas através dos seus padrões mentais e emocionais.

As egrégoras estão presentes em todas as coletividades, sejam simples associações até assembléias religiosas, sendo então gerado via energias físicas e mentais deste grupo que busca um objetivo comum. Desta forma podemos caracterizar diversos agrupamentos humanos que aplicam-se, tais como: empresas, clubes, igrejas, família, partidos entre outros.

Quando deliberadamente gerada, a egrégora tende a manter-se e influenciar o meio envolvido. Pode-se entender também como um pensamento de senso comum, onde a maioria dos envolvidos num grupo são sugestionada para uma idéia. No ponto de vista místico-filosófico estes conceitos se contradizem e portanto são diretamente incompativeis.


Concepção místico-filosófico


Um dos objetivos da filosofia rosacruz consiste em dar a cada ser humano os meios de viver a harmonia cósmica nos planos físico, mental, emocional e espiritual. Algumas linhas filosóficas rosa-cruzes utilizam da denominação do Sanctum Celestial, tal é o campo de energia não limitado no tempo ou espaço, onde diversos iniciados de diversas épocas acessam.

Na concepção rosacruz tem-se a questão dos membros ativos (praticantes) e supraterrestres (Conclave dos Mestres Cósmicos) o qual constitui uma unidade hierárquica. Ainda propõe uma comunhão sob proteção de maneira que nenhuma influência negativa possa se exercer sobre o praticante enquanto se encontrar nesse estado interior.


Para o famoso cientista da psicanálise Carl Jung, podemos ter percepções intuitivas por meio da exploração do inconsciente coletivo. Para o célebre psicanalista o inconsciente pessoal descansa sobre um outro mais profundo extrato, que não se origina nem da experiência, nem de uma aquisição pessoal, mas é inato no ser humano: o chamado consciente coletivo.

Isso significa dizer que qualquer aglomerado humano, seja um pequeno grupo de pessoas, uma cidade ou mesmo um país tem sua egrégora, sua sua alma coletiva, como preferimos denominar. Na egrégora os símbolos têm conteúdos transpessoais, isto é, seus significados são comum à toda a humanidade. Estes símbolos são idênticos a si mesmo em todo ser humano, são os chamados arquétipos.


Concepção espírita


Pode ser a aura de um lugar onde há reuniões de um grupo ou até mesmo uma entidade autônoma formada por energias mentais combinadas.

Assim, uma egrégora é uma forma criada por pensamentos e sentimentos, que adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidas e de pouca vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras poderosíssimas e de longa duração.

Essas formas são percebidas pelos cinco sentidos. No plano astral também são bem definidas as formas dos corpos vitais dos seres vivos, assim como as formas dos elementais (gnomos, fadas, salamandras, ondinas, duendes, silfos e outros).

Também possuem forma no plano astral os desejos, vícios, sentimentos e emoções. São formas coloridas que lembram animais, que se juntam às formas de almas de encarnados e de desencarnados, e às formas de seres e entidades típicas do astral. No plano mental, os pensamentos de objetos e coisas concretas possuem formas definidas similares às do plano físico, e pensamentos abstratos são vistos por símbolos típicos que podem ser interpretados pela linguagem simbólica superior estudada e pesquisada na Iniciação. Estas explicações são necessárias para entendimento do que é uma egrégora, e principalmente para permitir a criação de egrégoras pessoais e coletivas.

Existem egrégoras positivas que protegem, atraem boas energias e afastam cargas negativas, e egrégoras negativas que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e repelem forças positivas. A egrégora pode ser coletiva ou pessoal.

Locais sagrados como Aparecida, Lourdes e Fátima, têm egrégoras poderosíssimas, formadas pela fé e mentalizações dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue canalizar para si as energias psíquicas acumuladas na egrégora, provoca o conhecido milagre. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos ditos “milagres” que acontecem.

Os locais possuem egrégoras formadas pelas energias psíquicas de seus freqüentadores. A egrégora pessoal é formado pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos seus pensamentos.

O dia fixo para a prática


Desta forma, conforme aceito pela maioria das tradições e sendo a egrégora atemporal, não faz sentido o dia fixo para a prática de uma reunião ou meditação. Contudo, é preciso lembrar que somente com a prática pode-se aproximar da perfeição, e neste caso a proposta de um dia fixo é criar uma disciplina para que seja praticado.



ASS.: O Eterno Aprendiz

domingo, 4 de novembro de 2012

Simbolismo dos números

Neste post a idéia é abordar de forma breve e objetiva sob algumas óticas a representação de alguns números. Sem entrar em detalhes sobre suas aplicações esotéricas, sera abordado o significado dos números 1 ao 9.

Número 0


Pode-se entender como o zero antecedeu ao um: ambos são um só e mesmo Deus, porém o primeiro (0), está em seu aspecto imanifestado, enquanto que o segundo (1) apresenta-se em plena manifestação em virtude da vontade divina. É um raio de luz cósmica emanado do zero para, com ele, formarem todos os outros números.

Número 1


No sentido bíblico este número referencia o uno que é Deus (Dt 6,4 e Zc 14,9).
É o príncipio, animação e força da vida, vontade e criação.
Numa visão esotérica representa a unidade, o princípio masculino.


Número 2


Bíblicamente é o par perfeito, como exemplo Noé levou para arca sempre pares (Gn 7,2).
Representando a associação, dualidade, receptividade. É o antagônico como o bem e o mal, o mortal e o imortal, dia e noite, preto e branco.

Representação da dualidade

Número 3


No sentido bíblico é a trindade, usando para reforçar ou dar ênfase a uma expressão, exemplo "Deus é Santo, Santo, Santo" (Is 6,3 e Ap 4,8). Deus abençoa três vezes (Nm 6,24-26). Os mensageiros que anunciam o nascimento de Isaac são três. 
Representa a auto-expressão, manifestação da entidade criadora, sendo o primeiro número criado a partir da soma dos outros dois, princípio masculino (1) e princípio feminino (2).
Ainda na representação mística representa a existência (vita), o verbo (verbum) e a sabedoria ou luz (lux).
Outra representação é o equilibrio, tendo como base a geometria do triangulo. Podemos notar muitas aplicações em símbolos e rituais, tais como: delta sagrado, graus simbólicos, colunas de sabedoria, força e beleza, as jóias móveis (livro da lei, esquadro e compasso). Também sob o lema liberdade, igualdade e fraternidade entre outros.

Representação da essência (Árvore da vida)

Número 4


No sentido bíblico é o número da totalidade, sendo os quatro cantos da terra, quatro evangelhos, quatro elementos do universo (terra, fogo, água, ar), sinal de plenitude.
Representando também a estrutura, construção, realização prática.

Os quatro elementos

Número 5


Bíblicamente podemos citar o primeiro conjunto de 5 livro, o Pentateuco (a lei).
Representando também a mobilidade, mudança e liberdade. Estando exatamente entre a série de (1) a (9) , podendo "olhar para os dois lados". 
É um número altamente cabalístico, sendo relacionado diretamente a estrela de 5 pontas, simbolizando o homem. O pentagrama é a forma mais simples de estrela, sendo traçada com uma linha única (laço infinito), o qual já foi utilizado como proteção e amuleto pessoal.
Ainda, o 5 pode representar o nascimento, infância, maturidade, velhice e morte.

Representação dos quatro elementos e o espírito

Número 6


Sob o aspecto bíblico é o número imperfeito, anterior a perfeição (7).
Ainda resulta da multiplicação de (2) por (3), representando respectivamente a atividade do príncipio criador concreta com a criação.

Número 7


Segundo fontes bíblicas é a soma de 4+3. Por isso é o número perfeiro, indica o máximo da perfeição (Nm 23,4 e Mt 15,36). A totalidade (Ap 1,4), onde no Apocalipse indica-se 7 cartas (Ap 2-3), 7 selos (Ap 6,1-17), 7 cabeças (Ap 12,3), o cordeiro imolado recebe 7 dons (Ap 5,12). Ainda, o sábado é o sétimo dia, Deus criou em 7 dias, Pentecostes 7 dias após a Pascoa. A cada 7 anos é sabático (Lv 25) e 7 vezes 7 anos éo Jubileu. Não se deve perdoar 7 vezes, mas 70 vezes 7 (Mt 18,22). Existem muitas referências bíblicas no que tange o número 7.
Representa ainda a ligação do mundo sensível ao divino. Pode-se relacionar também a diversas ligações como as sete notas musicais, os sete planetas entre outros.

Lenhador abrindo o livro com os 7 selos

Número 8


Bíblicamente falando representa o transbordar da plenitude. As bem-aventuranças em Mateus são em sete mais uma (Mt 5).
Ainda representa o primeiro cubo (2³). Pitagoras considerava o 8 a essência do amor, da prudência e da lei.

Número 9


Para os pitagóricos simbolizava a matéria, a criação ao quadrado (3²).
O homem em aperfeiçoamento, sempre em evolução do seu caráter.

Número 10


Biblicamente indica grande quantidade (Gn 31,7), também um tempo limitado ou curta duração (Dn 1,12 e Ap 2,10) e podendo ser imperfeição: a besta só tem 10 chifres (Ap 12,3).

Número 12


A bíblia nos dá o resultado de 4 vezes 3, isto é um número bem completo. É o número da escolha, sendo 12 tribos, 12 apóstolos, 12 legiões de anjos (Mt 26,53). Os anciãos são 24, isto é: 2 X 12 (Ap 4,4). Os que serão salvos (Ap 7,4) serão 144.000, isto é 12 X 12 X 1000. Número de totalidade (Ap 21,12-14).
Representação dos doze apóstolos

Número 40


Número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar: 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7,4), 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte (Ex 24,18; 34,26; Dt 9,9-11; 10,10), 40 anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4). Jesus jejuou 40 dias antes de começar o seu ministério (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2), a ascensão de Jesus acontece 40 dias depois da ressurreição (Act 1,3). Quando alguém errava, era corrigido com 40 chicotadas (Dt 25,3) e Paulo também recebeu cinco vezes as 40 chicotadas menos uma (2Cor 11,24).

Número 70


Jogo de números 10 X 7. Moisés comunica o espírito profético aos 70 anciãos (Nm 11,16-17.24-25). O exílio na Babilónia é interpretado como a duração de 70 anos (Jr 25,11; 29,10; 27,7; 2Cr 36,21; Dn 9). A tradução da Bíblia hebraica para o grego foi feita por 70 escribas e por isso recebeu o nome de LXX ou Septuaginta.

Fragmento da Septuaginta

Número 1000


Uma quantidade tão grande que não se pode contar. Prazo de tempo completo e comprido. Reino de mil anos (Ap 20,2). Ver as combinações: 7 X 1000 (Ap 11,13), 12 X 1000 (Ap 7,5-8), 144 X 1000 (Ap 7,4). É interessante também notar como os hebreus faziam combinações de números. Por exemplo, Abraão fez a aliança com Deus quando tinha 99 anos (Gn 17,24), assim a aliança completou o número 100. É o sábado que dá valor aos demais dias da semana, assim transforma os 6 dias (imperfeitos) em 7 dias (perfeito). O único dia da semana que tem um nome. Outro exemplo, os seis povos habitavam a Terra Prometida (Ex 3,8), mas imperfeitos, Israel o sétimo povo, aquele que tornará a terra perfeita. Existem outras referências, como exemplo na elaboração de alguns provérbios (Pr 6,16-19; 30,15-33).



ASS.: O Eterno Aprendiz

sábado, 3 de novembro de 2012

Comparativo de datas entre ritos

Para ficar mais visível, achamos de utilidade criar um quadro ilustrando os ritos pesquisados e suas datas de reconhecimento pelas obediências que as competem. Em outra oportunidade será criado também um quadro relacionando as ordens Rosa-Cruzes. Segue quanto aos ritos maçonicos:


Com exceção dos ritos Brasileiro e Heredom, os demais já foram abordados neste blog, e no momento estão marcado para revisão e aprimoramento do artigo.



ASS.: O Eterno Aprendiz

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Ritos maçonicos

Rito Adonhiramita 


Em 1758, o Barão de Tschoudy, com a experiência adquirida no Capítulo dos Cavaleiros do Oriente, para o qual escrevera os Rituais de Iniciação e Catecismos de Instrução, preparou-se para empreender sua obra maior. Baseando-se na tradição e na excepcional cultura que acumulara forneceu o material para a compilação de Recueil Précieux de La Maçonnerie Adonhiramite (Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita), cuja conseqüência foi o florescimento de inúmeras Lojas, na Europa e no Oriente próximo, chegando o Rito Adonhiramita a ser o mais difundido de todos. 

É um Rito histórico, característico e essencialmente metafísico, esotérico e místico, tornando-se exotérico quando exerce o magistério de sua liturgia. Tem por bases teológicas as verdades bíblicas reveladas no Antigo e Novo Testamento, particularmente, no que concerne a construção do Templo de Salomão e às origens do Cristianismo com relação ao período das Cruzadas. É derivado diretamente do Rito de Heredom, e abrangia, até 1873, 12 graus: sendo 3 simbólicos e 9 filosóficos, coroados com o de Cavaleiro Noaquita. Em 2 de junho de 1973, o Rito passou a compor-se de 33 graus e sua Oficina-Chefe denominou-se Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita. Seus graus estão assim divididos:
  • Loja azul: aprendiz, companheiro e mestre;
  • 4º grau: Mestre perfeito;
  • 5º grau: Primeiro eleito ou Eleito dos nove;
  • 6º grau: Segundo eleito ou Eleito de Perignam;
  • 7º grau: Terceiro eleito ou Eleito dos quinze;
  • 8º grau: Aprendiz escocês ou Pequeno arquiteto;
  • 9º grau: Companheiro escocês ou Grande arquiteto;
  • 10º grau: Mestre escocês;
  • 11º grau: Cavaleiro da espada ou Cavaleiro do Ocidente ou Cavaleiro da águia;
  • 12º grau: Cavaleiro Rosa+Cruz.
Brasão do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita

 

Rito Schroeder

 

Foi criado por Friedrich Ludwig Schroeder (1744-1816). Schroeder foi um ator e dramaturgo alemão, diretor do teatro municipal de Hamburgo. Foi grão mestre da Grande Loja de Hamburgo. Como um reformador da maçonaria moderna, ele era a favor de um retorno às fontes mais autênticas e passou quase 20 anos na finalização do rito que leva seu nome. Possui apenas os graus da loja azul.

Era avesso ao aspecto da cavalaria que carateriza a simbologia da maior parte dos alto graus, ele reformou as cerimônias de sua obediencia no sentido de maior simplicidade, revivendo o uso do rito inglês antigo  e levando em consideração os três primeiros graus simbólicos. Foi aprovada em 1811 pela Grande Loja de Hamburgo. O sistema de Schroeder foi o mais democrático de todos os ritos praticados na Alemanha antes da Segunda Guerra Mundial.

Na atualidade é praticado pela Grande Loja dos Maçons Antigos Livres e Aceitos da Alemanha, a Grande Loja da Áustria, Grande Loja da Hungria e algumas lojas da Grande Loja Suíca Alpina. Além disso é muito praticado no Brasil.
Friedrich Ludwig Schroeder

Rito Suéco


O rito suéco (Svenska Frimurare Orden) é praticado principalmente nos países nórdicos (Dinamarca, Filandia, Islandia, Noruega e Suécia). A pratica deste rito exige do maçom que ele se declare cristão. A história de sua criação é extensa devido a implementação da Estrita Observancia da maçonaria da Europa do norte. Foi fundada sobre uma base cristã e templária instalada na Suécia em 1759 por Carl Friedrich Eckleff (1723-1786).

A maçonaria na Suécia foi introduzida por conta de Wrede-Spare, oficial de cavalaria que recebeu em Paris sua iniciação, elevação e exaltação. A primeira reunião é datada em 17 de março de 1735, mas por decreto do rei Frederich I da Suécia, a maçonaria foi interditada em 21 de outubro de 1738, mas anulado alguns meses mais tarde.

O rito suéco afirma-se como fundamentalmente cristão, e impregnado de rosacrucianismo, de cabala e teosofia (lembra alguns aspectos da doutrina de Swedenborg). Esta organizado em dez graus divididos em três classes:
  1. Graus de São João: aprendiz, companheiro e mestre;
  2. Graus de Santo André da Escócia: aprendiz, companheiro e mestre de Santo André;
  3. Graud do Capítulo: superior irmão ilustre (ou cavaleiro do oriente), todo poderoso irmão ilustre (ou cavaleiro do ocidente), irmão iluminado e superior irmão iluminado.
Ainda possui outros dois graus administrativos:
  • Todo poderoso irmão iluminado;
  • Cavaleiro comendador da Cruz Vermelha.
Loja Svenska Frimurare Orden

Rito Moderno

 

Com a Grande Loja dos Modernos em Londres, foi traduzido o ritual para utilização das primeiras lojas azuis na França em 1782. Deste modo ficou conhecido tanto como rito Moderno como rito Francês. Além da tradicional loja azul, este rito possue o conjunto de graus filosóficos denominados Ordens de sabedoria:
  • 4º grau: Eleito secreto;
  • 5º grau: Eleito escocês;
  • 6º grau: Cavaleiro da espada ou Cavaleiro do oriente ;
  • 7º grau: Cavaleiro Rosa-Cruz;
  • 8º grau: Cavaleiro Kadosh filosófico ou Cavaleiro da águia branca e preta;
  • 9º grau: Cavaleiro da sapiência ou Grande inspetor.
Dentro do Grande Oriente da França, este rito é o considerado como o mais "laico". De fato mais fiel que o da Grande Loja de Londre, fundador da maçonaria especulativa. Perpetuando alguns fundamentos, disposição das colunas J e B, disposição dos candelabros, a bateria em dois golpes curtos e um longo, entrada com o pé direito, dentre todas as coisas que a Grande Loja dos "Antigos" alteraram.

Rito Escocês Retificado

 

De essencia cristã, foi fundado em Lyon, França, em 1778. Foi principalmente elaborado por Jean-Baptiste Willermoz (1730-1824). Este famoso maçom reformou o ramo francês da Estrita Observancia Templária para o convento de Gaules, incorporando elementos da ordem dos eleitos Cohen e renunciando a herança templária. Inspirou-se em diferentes sistemas iniciáticos existentes na época:
  • Ordem dos Cavaleiros Maçon Eleitos Cohen do Universo (Ordre des Chevaliers Maçons Élus Coëns de l'Univers) de Martines de Pasqually;
  • Estrita Observancia Templária, inicialmente estabelecida na Alemanha em meados do século 18;
  • Escocismo maçonico, os diversos altos graus maçonicos cuja organização ainda não formalizada;
  • Maçonaria azul de três graus, o qual praticado pelo Grande Oriente da França na época e que tornou-se o atual Rito Françes.
Os graus estão organizados da seguinte forma:
  • Período probatório: aprendiz, companheiro, mestre e mestre escocês;
  • Ordem interior: escudeiro novato e cavaleiro benfeitor da cidade Santa;
  • Classe secreta (colégio metropolitano): professo e grande professo.
Brasão do RER

 

Ritual de Emulação


É importante, principalmente no Brasil, não confundir-se o ritual de Emulação com o rito de York. Onde suas diferenças são sutis mas de profunda relevancia. O ritual de Emulação é mais comum no Inglaterra, onde existem as lojas de instrução, que mantem o modelo do ritual sem que se perca qualquer detalhe. Ainda assim existem diversas lojas de intrução, que apesar de possuirem rituais muito similares, tem-se suas diferenças seja em algumas palavras ou desenvolvimento do ritual, dentre elas: Stanford, Bristol, Stability e Taylor.

Em linhas gerais podemos dizer que diferente do rito de York, o ritual de emulação busca mais objetividade, seja no tempo de desenvolvimento da oficina, nos procedimentos ou adereços. Enfim, é de suma importancia os sinais e desenvolvimentos do ritual, uma vez que devem ser realizadas de cor.

Rito de York


Fundado no ano de 1799 por Thomas Smith Webb (1771-1819). O rito de York é o mais praticado nos Estados Unidos, e encontrado minoritariamente na França. O seu desenvolvimento coincide com a expansão da Grande Loja dos Antigos no inicio do século 18.
Sua conhecida origem é da Escócia, sendo os maçons irlandeses quem contribuiram para exportar para América do Norte durante o século 18 e inicio do século 19.

As diferenças ritualisticas entre os antigos e os modernos estão restritos as inversões das palavras sagradas, disposições das luzes, o conteudo simbólico dos graus de companheiro e de mestre.

O rito de York é particularmente desenvolvido nos Estados Unidos onde suas lojas interditam toda discussão de assuntos políticos, religioso ou de tudo controverso que não tenha como objetivo a evolução dos seus membros. Também não é incomum nos Estados Unidos o rito de York ser praticado em conjunto com o REAA. Seus graus estão agrupados em 5 categorias:
  1. Lojas azuis: aprendiz, companheiro e mestre;
  2. Capitulos (Real Arco): Mestre de marca, Past Master (virtual), Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco; Os rituais do Real Arco foram escritos em 1797 em Boston, partindo do simbolismo sobre a Arca da Aliança no Templo de Salomão.
  3. Conselho Críptico: Mestre Real, Mestre Eleito e Super Excelente Mestre; Estes são notavelmente mais modernos, estima-se que foram escritos no início do século 19. Por sua vez sua referencia mitologica é sobre as criptas do Templo de Salomão.
  4. Comanderia Templária: ordem da cruz vermelha, ordem de malta e ordem do templo. Com uma visão mais cristã, diferente do conselho e dos capítulos passa-se para as ordens templárias.
  5. Benfeitores (Shriners): Antiga Ordem Árabe dos Nobres do Santuário Místico, acessível aos mestres maçons, seu desenvolvimento é a caridade, principalmente a crianças.
Graus paralelos: vários outros graus maçonicos não integrados aos principais sistemas ou categorias listadas acima não são agregadas a maçonaria oficial nos Estados Unidos, assim como em países regidos pelas antigas constituições inglesas. Podemos citar algumas:
  • Ordem da Cruz Vermelha de Constantino;
  • Ordem dos Cavaleiros Maçons;
E as ordens que incluem mulheres:
  • Damas Orientais do Santuário da América do Norte;
  • Filhas do Nilo;
  • Ordem da Estrela do Oriente.
O rito de York é baseado na Bíblia, especialmente no Antigo Testamento. O sinal de ordem por vezes é precedido pela frase "Deus guarda". Sendo ainda menos formal que o ritual de Emulação, de qualquer modo as praticas são aprendidas de cor e podem variar de um lugar para outro.

Pretendemos extender os assuntos quanto aos ritos, aprofundando mais em casa um.

Brasão do rito de York




ASS.: O Eterno Aprendiz



Rito Primitivo e suas origens

Rito primitivo em Paris


Existiu no Oriente de Paris um capítulo do rito primitivo cujo trabalhos remontam 21 de março de 1721 e confirma-se 29 de novembro de 1787. Composto de 7 capítulos, nota-se que os irmãos eram cavaleiros. Parecem haver três "ritos primitivos" que se sobrepõe, são eles:
  • O rito primitivo de 1721 (altos graus) de Paris;
  • O rito primitivo e original de Swedenborg;
  • O rito primitivo de narbonne de 1759, introduzido pelo visconde de Chefdebien de Aigrefeuille.

Rito primitivo e original de Swedenborg


Sem data de criação, Emanuel Swedenborg (1688-1772) criou um sistema de dez graus divididos em três seções:
  1. Maçonica: aprendiz, companheiro, mestre eleito;
  2. Iluminista , chamada também de seção Cohen (em hebraico "sacerdote"): aprendiz Cohen, companheiro Cohen, mestre Cohen;
  3. Seção ativa ou seção Rosa+Cruz: aprendiz Rosa+Cruz, cavaleiro comendador Rosa+Cruz, Rosa+Cruz iluminado ou Kadosch.
Esta criação é controversa pelas origens da maçonaria de Memphis. Sendo uma ordem iluminista, o sistema é então revisado e reduzido à três graus (um para cada seção) pelo marquês de Thomé em 1783, e entitulado precisamente "Rito de Swedenborg".

Ainda o rito foi reorganizado nos Estados Unidos e Canadá pelo irmão Beswich. Cartas foram entregues em outubro de 1875 na Inglaterra. Frosini disse que o rito primitivo e antigo consiste de dois ramos: o Oriental de Memphis e o Ocidental ou de Swedenborg.
Emanuel Swedenborg

Rito primitivo de Narbona


De volta a Praga com o visconde de Chefdebien de Aigrefeuille. Seu filho, um membro da Ordem dos Irmãos Africanos (leia-se "Egípcio"), o marquês François Chefdebien de Armissan, Cavaleiro de Malta, que se tornou propagandista ativo do Rito Primitivo de Narbona, com a Loja-Mãe do Philadelphians Narbonne 1779. Esta é a Loja-Mãe que tem o nome de "Rito Primitivo de Filadélfia". Existem três classes de 10 graus de instrução, na verdade, muitos destes graus são uma coleção de graus:
1 ª classe são três graus azuis: aprendiz, companheiro e mestre.
2ª classe:
  • Mestre perfeito, eleito e arquiteto;
  • Sublime escocês;
  • Cavaleiro da espada, cavaleiro do oriente e príncipe de Jerusalem.
Na verdade, estas duas classes são uma introdução a terceira qual contém a verdadeira essência do rito. Esta ultima classe compreende 4 capítulos Rosa+Cruz:
  • Capítulo simbólico: estudo aprofundado nos simbolismos da fraternidade;
  • Capítulo histórico: estudo da história da tradição e sua transmissão de escola para escola;
  • Capítulo filosófico: estudo da ciência maçonica;
  • Capítulo Fraternidade Rosa+Cruz do Grande Rosário: exclusivamente dedicado ao ocultismo com objetivo na reintegração espiritual do homem.
O rito permanece fiel aos ritos constitutivos de Memphis e Misraim e, é claro, também as contribuições para a construção da pirâmide em correntes herméticas, que podem ser adivinhadas pela história confusa da Maçonaria "Egípcia" no contexto de Memphis. Rito Primitivo não está relacionado com o famoso rito de Filaleto. Todos esses ritos são constitutivas de Memphis, não existem registros escritos em fontes históricas que o relacionam ao rito de Misraim.

Por Misraim pode-se falar, talvez, do Rito Adonhiramita, Bédarride teria sido iniciado em 1771. Embora este rito tenha sido invenção do Barão Tschoudy, foi publicado em 1787, talvez o Illuminati de Avignon beneditino Dom Pernéty. A única referência é a aliança em 1817 com o sistema operacional Carbonari em Roma, Perugia, Fermo, Ferrara e Bolonha. Ambos são temíveis ​​por seu número, sua audácia e sua tendência ao assassinato político.

Rito de Filaleto


Constituido em 1773 pela Loja parisiense Les Amis Reúnis (amigos reunidos), sendo o primeiro grão mestre o marquês Savalette de Langes. Doze graus agrupados em dois grupos:
  • Maçonaria menor, com os 3 graus azuis, seguido do Eleito (4º), Escocês (5º) e Cavaleiro do oriente (6º);
  • Alta maçonaria: Rosa+Cruz (7º), Cavaleiro do templo (8º), Filósofo desconhecido (9º), Sublime filósofo (10º), Iniciado (11º) e Filatelo (12º) conhecido como Ami de la vérité (amigo da verdade).
As quatro ultimas classes formam o Conselho do Lenço Branco. Seus membros são especialistas em hermetismo e ciências ocultas, devendo por objetivo reunir os principais rituais maçonicos e traços das ciências secretas a fim de coloca-los em ação. Praticam-se também a alquimia e a teurgia, entram em contato com várias ordens herméticas de carater não maçonico.

Eles herdam os arquivos dos cavaleiros eleitos Cohen de Martines de Pasqually. Organizaram em Paris em 1784 o famoso convento dos dez problemas julgados fundamentais, entre 13 de novembro até 26 de maio de 1785, com as seguintes classes:
  1. Os três graus azuis;
  2. Mestre perfeito, Perfeito eleito e Pequeno arquiteto;
  3. Perfeito iniciado do Egito e Cavaleiro do sol.
Brasão dos Filaletos

Etoile Flamboyante (Estrela Flamejante)


Também conhecida como ordem dos filósofos desconhecidos, foram encontrados vestígios do rito no "sistema filosófico dos antigos magos egípcios revelados pelos sacerdotes hebreus no emblema maçonico" de 1750, introduzido pelo Barão Tschoudy (1724-1769). O ritual foi inspirado nos escritos de Michał Sędziwój (Michel Sendivogius de 1566-1646), organizado em 7 graus, sendo um rito realmente alquimico.

O sétimo grau influenciou a elaboração do 28º grau do REAA. Também influenciou o 51º grau do rito de Misraim, sendo o primeiro referenciado como premissa a elaboração do rito de Misraim. Uma nota importante é que muitos membros da Estrela Flamejante participaram na fundação do rito de Filaleto.
Michał Sędziwój

Rito escocês filosófico


Instituído em Paris em 1776 pelo hermetista Boileau, aluno de Antoine-Joseph Pernéty, também conhecido como Dom Pernety. A primeira loja foi "Contrato Social" sendo renomeada posteriormente para "Santo Lázaro". Este rito possuia 12 graus, sendo eles:
  • 1º ao 3º, grupo conhecido como: Cavaleiro da Águia Negra ou Rosa+Cruz da Torre de Heredom;
  • 4º - Cavaleiro da Fenix;
  • 5º - Cavaleiro do sol;
  • 6º - Cavaleiro de Íris (mitologia grega);
  • 7º - Verdadeiro maçom;
  • 8º - Cavaleiro Argonauta (lenda grega);
  • 9º - Cavaleiro do Velo de Ouro (mitologia grega);
  • 10º - Grande Inspetor Perfeito Iniciado;
  • 11º - Grande Inspetor Perfeito Iniciado;
  • 12º - Sublime mestre do anel iluminado.

Rito de Misraïm


Veneza em 1788, um grupo de socinianos (anti-trinitária seita protestante) requeria uma patente da constituição Cagliostro, ao passar para Trento. Não querendo praticar o ritual mágico cabalístico, eles optaram por trabalhar no rito templário. Cagliostro em seguida transmitiu a sua luz maçônica: os três primeiros graus da maçonaria inglêsa e graus superiores da maçonaria alemã, fortemente marcada pela tradição templária. 

O nome Misraim (em hebraico antigo "os egípcios") é a única lembrança de que o Rito Egípcio transmitiu a sua personalidade obediente.

O rito de Misraim espalha-se rapidamente em Milão, Gênova, Nápoles, e é introduzido na França por Michel Bédarride, que recebeu em 1810, em Nápoles, poderes magistrais do irmão De Lassalle. De 1810 a 1813, os três irmãos Bédarride desenvolveram com sucesso o rito na Françasob a proteção do Rito Escocês. Ainda conteu com maçons ilustres como: conde Muraire, Grande Comendador Soberano do Rito Escocês Antigo e Aceito, duque Decazes, duque de Saxe-Weimar, o duque de Leicester, o tenente-general Barão Teste, entre outros.

Rapidamente transmite sua necessidade de ganhar controle sobre os Carbonari. Sendo violentamente anti-clerical e anti-monarquista, o rito agrupou mais de cinquenta lojas na Itália. Posteriormente foi dissolvida pela Polícia de Restauração. Ainda assim, clandestinamente atuou durante dezoito anos, quando foi restaurado em 1838, e dissolvido novamente em 1841, saindo então da clandestinidade em 1848.

Um próximo passo importante para o rito foi a fusão em 1881 com o Rito de Memphis, sob a liderança de Giuseppe Garibaldi.
Brasão do rito de Misraim

Rito de Memphis


A maior parte dos membros da missão do Egito que acompanharam Napoleão Bonaparte, foram maçons de ritos bem antigos: Filaleto, Irmãos Africanos, Rito Hermético, Filadélfos e Rito Primitivo.
É a descoberta no Cairo de uma irmandade sobrevivente gnóstico-hermética, que conduz os irmãos a renunciarem a sua filiação recebida pela Grande Loja de Londres. Assim, sob a direção de Samuel Honis e Marconis de Nègre, nasce em Montauban em 1815, uma nova corrente maçonica independente da Inglaterra: o Rito de Memphis.

Tão rapidamente o rito de Misraim reunido jacobinos nostálgicos da República com os Carbonari, reunem-se metade dos militares do ex-Grande Exercito e os Bonapartistas que pernaneceram fiéis a Águia. Note que em 1816 tanto o rito de Memphis quanto o de Misraim possuiram o mesmo Grão Mestre, uma premissão para a futura fusão.

Porém o Grande Oriente da França, majoritariamente mornaquista, obteve a dissolução do rito de Memphis. Entretanto em 1826 o rito retoma seus trabalhos sob a obediência do mesmo Grande Oriente. Dissolvido novamente como o Misraim em 1841, Memphis entra também para clandestinidade. Reaparecendo com a República em 1848. Dissolvido novamente em 1850 e dispertado em 1853 sendo reconhecido pelo Grande Oriente da França em 1862.

Tendo então diversas lojas no exterior, ela conta com personalidades como Louis Blanc e Garibaldi, que 19 anos mais tarde seriam os arquitetos na unificação de Memphis e Misraim.
Brasão do rito de Memphis


Rito de Memphis-Misraim


Até 1881 os ritos de Memphis e Misraim caminham paralelamente e em conjunto. No entando os dois ritos começam a se fundir com a dupla filiação dos maçons do Grande Oriente da França e do Rito Escôces Antigo e Aceito interessados no esoterismo da maçonaria simbólica, gnosa, cabala e hermetismo.

Apesar de suas raízes egípcias, os dois ritos ainda são herdeiros e conservadores das antigas tradições iniciáticas do século 18, como: Filaleto, Filadélfo, Rito Hermético e Rito Primitivo. Misraim conta com 90 graus, e Memphis com 95.

Quando Garibaldi foi designado como Grão Mestre geral para cada uma das obediências, uma fusão tornou possivel o estabelecimento de uma escala comum entre os graus dos diferentes ritos. Hoje, após os três primeiros graus da maçonaria universal, as particularidades de Memphis-Misraim afirmam-se nas oficinas dos graus superiores, dos quais possuem pratica obrigatória:
  • 4º grau: Mestre secreto;
  • 9º grau: Mestre eleito dos nove;
  • 13º grau: Real Arco;
  • 14º grau: Grande eleito da abóbada sagrada;
  • 18º grau: Cavaleiro Rosa+Cruz;
  • 20º grau: Cavaleiro do templo (transmite a iniciação da Estrita Observancia Templária e dos Cavaleiros Benfeitores da cidade santa de João Batista Willermoz);
  • 28º grau: Cavaleiro do sol;
  • 30º grau: Cavaleiro Kadosh;
  • 32º grau: Príncipe do Real segrego;
  • 33º grau: Soberano grande inspetor Geral;
  • 66º, 90º e 95º graus: são conferidos aos maçons particularmente interessados pelo hermetismo, de acordo com seu valor e seus conhecimentos, bem como sua fidelidade ao rito;
  • 95º grau: conferido como qualidade de Grande Conservador do Rito.

As lojas do rito de Memphis-Misraim trabalham o Rito Egípcio e sobre seus altares juntam-se ao esquadro e o compasso o livro da lei.
Brasão do rito de Memphis-Misraim

Loja egípcia para o rito de Memphis-Misraim






  ASS.: O Eterno Aprendiz