sábado, 17 de novembro de 2012

A egrégora e um dia fixo para a prática

Neste post a idéia é abordar a egrégora sob o ponto de vista das principais escolas místicas e esotéricas.

Concepção generalista


Do grego egrêgorein, significando vigiar ou velar. É denominado como entidade criada a apartir do coletivo pertencente a uma assembléia, ou seja, um campo de energia criado em outro plano a partir da energia emitida por um grupo de pessoas através dos seus padrões mentais e emocionais.

As egrégoras estão presentes em todas as coletividades, sejam simples associações até assembléias religiosas, sendo então gerado via energias físicas e mentais deste grupo que busca um objetivo comum. Desta forma podemos caracterizar diversos agrupamentos humanos que aplicam-se, tais como: empresas, clubes, igrejas, família, partidos entre outros.

Quando deliberadamente gerada, a egrégora tende a manter-se e influenciar o meio envolvido. Pode-se entender também como um pensamento de senso comum, onde a maioria dos envolvidos num grupo são sugestionada para uma idéia. No ponto de vista místico-filosófico estes conceitos se contradizem e portanto são diretamente incompativeis.


Concepção místico-filosófico


Um dos objetivos da filosofia rosacruz consiste em dar a cada ser humano os meios de viver a harmonia cósmica nos planos físico, mental, emocional e espiritual. Algumas linhas filosóficas rosa-cruzes utilizam da denominação do Sanctum Celestial, tal é o campo de energia não limitado no tempo ou espaço, onde diversos iniciados de diversas épocas acessam.

Na concepção rosacruz tem-se a questão dos membros ativos (praticantes) e supraterrestres (Conclave dos Mestres Cósmicos) o qual constitui uma unidade hierárquica. Ainda propõe uma comunhão sob proteção de maneira que nenhuma influência negativa possa se exercer sobre o praticante enquanto se encontrar nesse estado interior.


Para o famoso cientista da psicanálise Carl Jung, podemos ter percepções intuitivas por meio da exploração do inconsciente coletivo. Para o célebre psicanalista o inconsciente pessoal descansa sobre um outro mais profundo extrato, que não se origina nem da experiência, nem de uma aquisição pessoal, mas é inato no ser humano: o chamado consciente coletivo.

Isso significa dizer que qualquer aglomerado humano, seja um pequeno grupo de pessoas, uma cidade ou mesmo um país tem sua egrégora, sua sua alma coletiva, como preferimos denominar. Na egrégora os símbolos têm conteúdos transpessoais, isto é, seus significados são comum à toda a humanidade. Estes símbolos são idênticos a si mesmo em todo ser humano, são os chamados arquétipos.


Concepção espírita


Pode ser a aura de um lugar onde há reuniões de um grupo ou até mesmo uma entidade autônoma formada por energias mentais combinadas.

Assim, uma egrégora é uma forma criada por pensamentos e sentimentos, que adquire vida e que é alimentada pelas mentalizações e energias psíquicas. É uma entidade autônoma que se forma pela persistência e intensidade de correntes emocionais e mentais. Pensamentos e sentimentos fracos criam egrégoras mal definidas e de pouca vida ou duração, porém pensamentos e sentimentos fortes criam egrégoras poderosíssimas e de longa duração.

Essas formas são percebidas pelos cinco sentidos. No plano astral também são bem definidas as formas dos corpos vitais dos seres vivos, assim como as formas dos elementais (gnomos, fadas, salamandras, ondinas, duendes, silfos e outros).

Também possuem forma no plano astral os desejos, vícios, sentimentos e emoções. São formas coloridas que lembram animais, que se juntam às formas de almas de encarnados e de desencarnados, e às formas de seres e entidades típicas do astral. No plano mental, os pensamentos de objetos e coisas concretas possuem formas definidas similares às do plano físico, e pensamentos abstratos são vistos por símbolos típicos que podem ser interpretados pela linguagem simbólica superior estudada e pesquisada na Iniciação. Estas explicações são necessárias para entendimento do que é uma egrégora, e principalmente para permitir a criação de egrégoras pessoais e coletivas.

Existem egrégoras positivas que protegem, atraem boas energias e afastam cargas negativas, e egrégoras negativas que fortalecem o mal, canalizam forças negativas e repelem forças positivas. A egrégora pode ser coletiva ou pessoal.

Locais sagrados como Aparecida, Lourdes e Fátima, têm egrégoras poderosíssimas, formadas pela fé e mentalizações dos devotos, que acumulam as energias psíquicas dos fiéis, e quando alguém consegue canalizar para si as energias psíquicas acumuladas na egrégora, provoca o conhecido milagre. Esta é a explicação oculta da realização de grande parte dos ditos “milagres” que acontecem.

Os locais possuem egrégoras formadas pelas energias psíquicas de seus freqüentadores. A egrégora pessoal é formado pelas energias psíquicas da pessoa e principalmente pelos seus pensamentos.

O dia fixo para a prática


Desta forma, conforme aceito pela maioria das tradições e sendo a egrégora atemporal, não faz sentido o dia fixo para a prática de uma reunião ou meditação. Contudo, é preciso lembrar que somente com a prática pode-se aproximar da perfeição, e neste caso a proposta de um dia fixo é criar uma disciplina para que seja praticado.



ASS.: O Eterno Aprendiz

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